Na madrugada e eu na beira da estrada A lua cheia e minguada e de repente Apareceu um cavaleiro de bota e chapéu de couro Me lembrando o velho mouro E lá fiquemos ele e mais eu Cruzou os pés, apiou do seu cavalo Deixou a rédia num talo de uma roseira sem flor Diz que seguia pelo mundo solitário E quebrava todo galho apartando a dor Quem não ouviu falar Quem não quis conhecer Aquele cavaleiro que vive pelas fronteiras Divulgando a reza brava Do capim de ribanceira Aquele cavaleiro que vive pelas fronteiras Divulgando a reza brava Do capim de ribanceira ♪ Enquanto o bule de café bulia A brasa da fogueira refletia o seu olhar Eu pude ver Que ele sabia coisa até do outro mundo E essa noite eu fui aluno do seu estranho poder Com sete pontas de uma rama trepadeira e uma Arruda e a piteira O meu corpo ele tocou Naquele instante me bateu uma zonzeira e E duma tosse cuspideira o velhinho me livrou E quem não ouviu falar Quem não quis conhecer Aquele cavaleiro que vive pela fronteira Divulgando a reza brava Do capim de ribanceira Aquele cavaleiro que vive pelas fronteiras Divulgando a reza brava Do capim de ribanceira