Ouço longe uma sinfonia De motosserras rangendo Num espetáculo de agonia É o maestro homem Regendo, rangendo Na maior das galerias Quadros de natureza morta Retrato dos nossos dias E quase ninguém se importa Regendo, rangendo E nessa feira do absurdo Uma grande promoção Pelo progresso cego e surdo A natureza vai a leilão, oh É preciso ficar atento Para a triste realidade Quem planta vento Colhe tempestade A indústria, o automóvel, a fumaça, o lixo O agrotóxico, os gases, o mercúrio e o chumbo A morte dos rios, das plantas e bichos A camada de ozônio esquentando o mundo Eu sei, você sabe também Olhos que fingem não ver são culpados também Eu sei, você sabe também Olhos que fingem não ver são culpados também Regendo, e a natureza vai rangendo E o homem vai regendo E a natureza vai morrendo E o homem vai regendo