Eu venho vindo de uma querência distante
Sou um boiadeiro errante
Que nasceu naquela serra
O meu cavalo corre mais que o pensamento
Ele vem no passo lento
Porque ninguém me espera
Tocando a boiada, uê-uê-uê, boi
Eu vou cortando estrada, uê, boi
Tocando a boiada, uê-uê-uê, boi
Eu vou cortando estrada
♪
Toque o berrante com capricho, Zé Vicente
Mostre para essa gente o clarim das alterosas
Pegue no laço, não se entregue, companheiro
Chame o cachorro campeiro
Que essa vez é perigosa
Olhe na janela, uê-uê-uê, boi
Que lindas donzelas, uê, boi
Olhe na janela, uê-uê-uê, boi
Que linda donzela
♪
Sou boiadeiro, minha gente, o que é que há?
Deixe o meu gado passar
Vou cumprir com a minha sina
Lá na baixada, quero ouvir a seriema
Pra lembrar de uma pequena
Que eu deixei lá em Minas
Ela é culpada, uê-uê-uê, boi
De eu viver nas estradas, uê, boi
Ela é culpada, uê-uê-uê, boi
De eu viver nas estradas
♪
O rio tá calmo e a boiada vai nadando
Veja aquele boi berrando
Chico Bento, corre lá
Lace o mestiço, salve ele das piranhas
Tire o gado da campanha
Pra viagem continuar
Com destino a Goiás, uê-uê-uê, boi
Deixei Minas Gerais, uê, boi
Com destino a Goiás, uê-uê-uê, boi
Deixei Minas Gerais, uê, boi
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