Na estrada da saudade conheci a falsidade Por amar quem não convém e pensei ingenuamente Se ternura ninguém sente, eu serei assim também No trajeto ilusório, namorei pra mais de cem Mas jurei que amor sincero, não daria a ninguém Pela rota sinuosa desta vida caprichosa Vinha eu e minha dor sob chuva e nevoeiro Evitando os traiçoeiros atoleiros do amor Não queria transformar-me em um triste sonhador Pois eu era na verdade um alegre sofredor Mais um dia, doce a amanda Eis que vejo na estrada teu sorriso de marfim Teu andar bamboleante como o vento da vasante Ondulando o capim A luz alta dos teus olhos veio toda sobre mim E a viagem de aventura neste instante teve fim No meu carro pequenino no caminho do destino Eu entrei na contramão quis deixar-te criatura No retorno da ternura mas perdi a direção Fui descendo acelerado pela serra da ilusão E nas curvas do teu corpo capotei meu coração