Os Serrenos outra vez por aqui É um prazer receber vocês no, no galpão criolo No galpão criolo a gente é de casa Sempre chega pelos fundos nesse racho amigo As vezes tô me lembrando do baile da Mariquinha Do xote velho largado e da rancheira que vinha Do café de chaleira que a comadre me servia Farofa e feijão e mexido num a quarta de farinha A melhor coisa do mundo era o baile da Mariquinha Chegava os fins de semana, sábado de manhãzinha Dava, dava, dava aquele reboliço, mexerico de vizinha As velhas batiam guizo, as moças lá na cozinha Vai bota o vestido novo Juracema, presente da tua madrinha Todo mundo se aprumava pro dançar onde? No baile da Mariquinha E os convidados do baile do baile da mariquinha Uns a pé e de a cavalo e outros de carreta vinham E começavam a dançar, não gente grande e pequenina Ferravam na meia canha com trovas e ladainhas Muito casamento deu, no baile da Mariquinha Chegava fim de semana, tia Mariquinha Ia lá pra porteira esperar os convidado Tia Marica, velha mais faceira Do que lambari da sanga Lá na copa, tia maria era sempre previnida Tinha rosca de puvilho com café preto Com açucar amarelo, feijão mechido E um charquezito bem carregado no sal Pros convidados e o fandango Corria frouxo deste jeito Quando estourava uma peleia Entra seguraça pra bortar o respeito, tchê E a segurança do baile era de primeira linha Tinha, tinha, tinha o zapa no comando E lá na copa o bijuquinha E se estourasse a peleia o tio Zapa que atendia Tirava a indiada lá pra fora e no tapa resolvia E a alegria continuava no baile da Mariquinha