Eita, bugio véio grongueiro, tchê! ♪ Ajeitei bem a melena e a pilcha gaúcha Que hoje, a la pucha, o baile promete Encurto o caminho meu zaino amilhado Tô igual touro alçado que se solta do brete De longe já ouço uma gaita chorando Talvez, me chamando, o tempo que gasto Sentindo o cheiro da flor da pitanga Com a água da sanga na aba do basto Já estou pronto pra dançar um bugio Doutro lado do rio num rancho barreado Arrastar as esporas num tranco grongueiro E judiar do gaiteiro com as do meu agrado Já estou pronto pra dançar um bugio Doutro lado do rio num rancho barreado Arrastar as esporas num tranco grongueiro E judiar do gaiteiro com as do meu agrado ♪ Me adentro no rancho de pala no braço Vou abrindo espaço entre os mais afoitos Já correndo os olhos pro lado dos copos E a donde me topo só com as de 18 De longe uma linda, sorrindo, me nota E de pronto se bota, pois sabe o que viu Já encosto no peito num jeitão fronteiro E grito pro gaiteiro: Toca outro bugio! Já estou pronto pra dançar um bugio Doutro lado do rio num rancho barreado Arrastar as esporas num tranco grongueiro E judiar do gaiteiro com as do meu agrado Já estou pronto pra dançar um bugio Doutro lado do rio num rancho barreado Arrastar as esporas num tranco grongueiro E judiar do gaiteiro com as do meu agrado ♪ Assim era minha terra nos tempos do quinto Amores que sinto e ainda trago comigo Farrancho e cordeona nos fins de semana E as lindas paisanas rodeado de amigos Que saudade trago da velha querência De ter a essência de um bugio campeiro Ver os ranchos lotados como antigamente Alegria da gente no chão missioneiro Já estou pronto pra dançar um bugio Doutro lado do rio num rancho barreado Arrastar as esporas num tranco grongueiro E judiar do gaiteiro com as do meu agrado Já estou pronto pra dançar um bugio Doutro lado do rio num rancho barreado Arrastar as esporas num tranco grongueiro E judiar do gaiteiro com as do meu agrado