Caminhando pela rua, sem destino Relembrando uma cruel separação Entrei num bar pra esquecer meu desatino E aquela ingrata que roubou minha ilusão Ao entrar naquele bar para as mágoas afogar Eu chamei pelo garçom E notei que ele chorava quando da mesa tirava Um copo sujo de batom E ao servir-me uma bebida, pronunciou com voz dorida O nome de uma mulher Que ali estivera a pouco e por um destino louco O seu carinho não quer ♪ Estremeci ao escutar aquele nome Vi meu passado em minha mente refletir Compartilhei a mesma dor daquele homem Pela mulher que a beber, vive a sorrir Seu cigarro derradeiro se findava no cinzeiro Como finda o seu pudor Quem me fez chorar outrora, a este garçom agora Faz sofrer a mesma dor Ele contou-me a história deste seu amor sem glória Por esta mulher sem nome Sem saber que do meu lar foi rainha, em frente o altar Recebeu meu sobrenome