Não sei que pensas, nem me importa Se passei á tua porta foi por maldito costume que não passa Eu sei que julgas que é certo Mais do que eu que me perco no caminho da desgraça Maldita, mil vezes maldita Seja a hora em que nos vimos Perdemos o encanto, vaidade Agora ninguém acredita Que ao saber que nos traímos É que vimos a maldade Não sei que pensas, nem me importa Uma esperança não suporta desenganos que lhe dei, que eu bem sei Fui louca, fiei-me numa jura, mas coitada, nessa altura Fiz de ti senhor e rei, porque amei Agora obrigas-me a passar Pela rua da amargura que eu não queria recordar