Dei-te um nome em minha cama Aberta no meu outono Depois amei-te em silêncio Que é uma forma de abandono Dei-te um nome em minha cama Rasgada em lençóis de sono Tentei ser tudo o que era Nas horas da mão parada Corpo e campo aberto ao vento Que encaminha a madrugada Tentei ser a primavera E cantei meu triste nada Vi-te ao canto da memória Por te viver e sonhar Amor de amor sem glória Como um rio ao começar Que te vai contando a história Onde eu não posso morar Dei-te um nome em minha cama Aberta no meu outono Depois, amei-te em silêncio Que é uma forma de abandono Dei-te um nome em minha cama Rasgada em lençóis de sono