Outra é a marcha do Alfredo também, uma coisa Mas isto tinha o, bem, 18 anos quando escrevi Num correeiro que havia no Lumiar Eu faltava às aulas e ia conversar com ele Aprendi mais que com alguns jesuítas ♪ Um fadista já velhinho Muito triste, coitadinho Contou-me quase a chorar As saudades do passado Em que ele cantava o fado Que todos queriam escutar Contou-me então como eram As noitadas que fizeram Fadistas e cavaleiros O alegre São Martinho Nos retiros com bom vinho E o calor dos fogareiros De olhos semicerrados Baixinho lembrou uns fados Sua tristeza aumentou Mas parando de repente Olhando-me bem de frente Com voz mais firme, afirmou A minha grande tristeza Não me é dada pela pobreza Nem lembranças que contei É o medo de morrer Sem de novo poder ver Portugal ter o seu rei É o medo de morrer Sem de novo poder ver Portugal ter o seu rei Obrigada, obrigada, obrigado