É de uma paisagem nossa Que nasce a canção De um barco a entrar a Barra De um arrastão Do pregão da peixeira Na rua ao nascer do dia E do sol, da ceifeira Nasce a melodia E o miradouro Lisboa é uma canção De Santa Luzia O Tejo é inspiração Mas não chega o cantador Depois dar um assobio E com o orquestrador Já se ouve um rio Traz a viola O som da guitarra O adufe, o bombo, os ferrinhos Toca a concertina A flauta, o tambor A tuba e o cavaquinho Que dão ao cantor A força e o amor Que sentiu o compositor No som que ele quis Há todo um país Nas mãos do orquestrador De uma lezíria alagada Nasce uma canção Pelo fim duma seca Até outro Verão De domingo de feira Ou de uma romaria De baile na eira Nasce a melodia Do alto de qualquer serra Se ouve a canção Seja Estrela ou Peneda Monchique ou Marão Mas não chega o rumor Uma flauta a gemer É preciso orquestrador Pra canção se ver Traz a viola O som da guitarra O adufe, o bombo, os ferrinhos Traz a concertina A flauta, o tambor A tuba e o cavaquinho Que dão ao cantor A força e o amor Que sentiu o compositor No som que ele quis Há todo um país Nas mãos do orquestrador Traz a viola O som da guitarra O adufe, o bombo, os ferrinhos Traz a concertina A flauta, o tambor A tuba e o cavaquinho Que dão ao cantor A força e o amor Que sentiu o compositor No som que ele quis Há todo um país Nas mãos do orquestrador Do orquestrador