É só quando me perco que te encontro
E só quando te encontro me conheço
Pareço não ter escolha ao carregar esta cruz
E o mal que me pus não compensa subir
O pouco que me basta nunca chega
E o pouco que me chega já não basta
Arrasta-se esta condição por tempo demais
Por tempo que vai e não foi
E algo em mim revolta-se
Contra a causa humana
Num uivo falso de besta feroz
Pois algo em mim fraqueja
E embarca nesse jogo
De querermos ser melhores do que nós
Não há quem conte a história
De ter voltado ileso
Desse ergo tão dantesco e cruel
E a viagem hercúlea da Nau Catrineta
Naufraga sobre os rastos da pele
♪
É então que a tempestade sem pudor se instala
Traz com ela o desafio de um combate justo
Traz com ela o imenso custo de quem ninguém fala
Bala ágil, de arma frágil
Que dispara por susto do fundo de uma vala
Conta os passos para o duelo ao nascer do dia
Olha o chão, que o horizonte não é bom amigo
Sente o peso do mosquete que na mão te treme
Tema a força desse leme
Cujo aperta contigo uma disputa perene
Há quem nos queira dizer para nunca mudar
Quem nos queira mudar
Sem sequer nos dizer que há razões
Ver que há razões
Há quem não queira lutar
Pra não ter de perder
Quem não queira perder o merecido lugar
Que o melhor é esquecer
Preside à cerimónia o juiz
Numa injustiça protocular
O burlão que te enganou feito carrasco
A magistrar
Sem que haja leis pro parar
Há quem nos queira dizer para nunca mudar
Quem nos queira mudar
Sem sequer nos dizer que há razões
Ver que há razões
Há quem não queira lutar
Pra não ter de perder
Quem não queira perder o merecido lugar
Que o melhor é esquecer
♪
Porque é que ligamos ao medo mais que as nossas esperanças
Porque é que deixamos tão cedo de sermos crianças
É que até o teu destino também te atraiçoa
Como se fosses mais um mouro a Norte de Lisboa
Porque é que todo o oxigénio se vai em perguntas
Porque é que reanimamos dúvidas mais que defuntas
É por causa desse abismo de acabarmos sós
No frio imenso desse poço onde no fundo estamos nós
Somos só nós que nos valemos ao final do dia
Somos só nós que nos deitamos numa cama fria
Onde no fundo estamos nós
Onde no fundo estamos nós!
E só quando te encontro me conheço
Pareço não ter escolha ao carregar esta cruz
E o mal que me pus não compensa subir
O pouco que me basta nunca chega
E o pouco que me chega já não basta
Arrasta-se esta condição por tempo demais
Por tempo que vai e não foi
E algo em mim revolta-se
Contra a causa humana
Num uivo falso de besta feroz
Pois algo em mim fraqueja
E embarca nesse jogo
De querermos ser melhores do que nós
Não há quem conte a história
De ter voltado ileso
Desse ergo tão dantesco e cruel
E a viagem hercúlea da Nau Catrineta
Naufraga sobre os rastos da pele
♪
É então que a tempestade sem pudor se instala
Traz com ela o desafio de um combate justo
Traz com ela o imenso custo de quem ninguém fala
Bala ágil, de arma frágil
Que dispara por susto do fundo de uma vala
Conta os passos para o duelo ao nascer do dia
Olha o chão, que o horizonte não é bom amigo
Sente o peso do mosquete que na mão te treme
Tema a força desse leme
Cujo aperta contigo uma disputa perene
Há quem nos queira dizer para nunca mudar
Quem nos queira mudar
Sem sequer nos dizer que há razões
Ver que há razões
Há quem não queira lutar
Pra não ter de perder
Quem não queira perder o merecido lugar
Que o melhor é esquecer
Preside à cerimónia o juiz
Numa injustiça protocular
O burlão que te enganou feito carrasco
A magistrar
Sem que haja leis pro parar
Há quem nos queira dizer para nunca mudar
Quem nos queira mudar
Sem sequer nos dizer que há razões
Ver que há razões
Há quem não queira lutar
Pra não ter de perder
Quem não queira perder o merecido lugar
Que o melhor é esquecer
♪
Porque é que ligamos ao medo mais que as nossas esperanças
Porque é que deixamos tão cedo de sermos crianças
É que até o teu destino também te atraiçoa
Como se fosses mais um mouro a Norte de Lisboa
Porque é que todo o oxigénio se vai em perguntas
Porque é que reanimamos dúvidas mais que defuntas
É por causa desse abismo de acabarmos sós
No frio imenso desse poço onde no fundo estamos nós
Somos só nós que nos valemos ao final do dia
Somos só nós que nos deitamos numa cama fria
Onde no fundo estamos nós
Onde no fundo estamos nós!
Sanatçının diğer albümleri
Amarras
2022 · albüm
Orgulho Felino
2022 · single
As Tuas Palavras
2020 · single
Ele há Gente para Tudo
2020 · single
O Fado Fugiu de Casa
2019 · single
O Quarto de Anaquim
2018 · albüm
Optimista
2018 · single
10 Anos - Ao Vivo
2018 · albüm
Um Dia Destes
2016 · albüm
Benzer Sanatçılar
Jorge Cruz
Sanatçı
Silence 4
Sanatçı
Diabo Na Cruz
Sanatçı
Noiserv
Sanatçı
Humanos
Sanatçı
Clã
Sanatçı
Oquestrada
Sanatçı
Sergio Godinho
Sanatçı
B Fachada
Sanatçı
Ornatos Violeta
Sanatçı
A Caruma
Sanatçı
Samuel Uria
Sanatçı
Doismileoito
Sanatçı
Jorge Palma
Sanatçı
Tiago Bettencourt
Sanatçı