Um carneiro, um touro, um leão e um caranguejo São todos animais e são amigos, e passeiam De mãos dadas, divertidos, tão bom (De mãos dadas, divertidos, tão bom) Eis se não quando vindo do mesmo passeio Aparece um centauro, não é bem um animal E o caranguejo, o leão, o touro e o carneiro Movidos pelo receio atravessam a rua Uma carneira, uma toura e uma leoa E uma serpente, e mais nove Rastejam noutra esquina, noutro parque, noutro iate Que celeste é de todos e de ninguém Quando é que o caranguejo põe a pinça em posição? Por que é que o touro amigo Também marra com tanta agressividade? Pergunta-se ao centauro e chega à conclusão Que a chave da amizade está na comunicação Foi o bode da montanha que ensinou Na montanha continua-se a aprender Que o amigo é sempre amigo se concorda com o amigo Mas também se há discórdia, sobreviver Adoto um grifo que é rocambolesco Por ser dois em um, poupei no ato de compra Evito os olhares, quero-o só para mim Mas entendo que ele merece um amigo Voou pela porta e levou-me com ele Avisto ao longe a cena do centauro e aponto O mito sempre foi bom a fazer novos amigos Crianças coladas aos vidros Foi o bode da montanha que ensinou Na montanha continua-se a aprender Que o amigo é sempre amigo se concorda com o amigo Mas também se há discórdia, sobreviver Foi o bode da montanha que ensinou Na montanha continua-se a aprender Que o amigo é sempre amigo se concorda com o amigo Mas também se há discórdia, sobreviver