Ô moço, eu tenho uma herança Alí no banco em frente No testamento pode ver Não sei o que vou fazer Tanto dinheiro Vim da roça Sou um fazendeiro, sou mineiro E não conheço bem o Rio de Janeiro Olhe esta procuração Que eu lhe espero Na Frei Caneca, na minha pensão É bem de frente a detenção Otário cansou de esperar Partiu para a frei caneca Bateu no portão Veio atender o prontidão Vim procurar prá entregar Este dinheiro a João do Aragão Foi quem me deu a direção Ô moço, é tapeação O tal mineiro é um espertalhão Mala vazia tal herança Perca a esperança Vá a polícia se queixar depressa Me levaram na conversa.