Foi na água de Oxum que eu achei morada Foi na água de Oxum que eu achei morada Foi no canto da alma que eu vi trovoada Foi no canto da alma que eu vi trovoada Com o abraço de um rei, não faltava nada Com o abraço de um rei, não faltava nada Foi na casa de um rei que eu me vi em casa Foi na casa de um rei que eu me vi em casa ♪ Prisão é estar entre chegar e não ir Entre estar lá e estar aqui Entre o amor que não doía e o saber que não sabia Entre os distorcidos conceitos de pardo, mulato e moreno Sem saber que o mundo é tão pequeno Mas a história que ouviu era veneno E a verdade a vida toda lhe doendo Se o chão do agreste pôde e limpou Se a água de Oxum pôde e lavou Se a minha alma com um só golpe guerreou Num instante, o que era lagoinha, mar virou E eu chorei cantei em todo tom pra perceber E eu tentei, mas sempre foi difícil conceber Preso num amor que eu nunca soube amar Ninguém me ensinou, eu tive que lutar E toda insegurança, e toda depressão E toda incerteza no meu coração Eu olho pras estrelas, nunca vou subir Mas o sol que canta sempre teve aqui E das mil histórias que eu vou contar Penam pelas curvas do meu caminhar Vejo em minha mãe onde eu vou chegar E na minha pele eu vim comemorar ♪ Foi na água de Oxum que eu achei morada Foi na água de Oxum que eu achei morada Foi no canto da alma que eu vi trovoada Foi no canto da alma que eu vi trovoada Com o abraço de um rei, não faltava nada Com o abraço de um rei, não faltava nada Foi na casa de um rei que eu me vi em casa Foi na casa de um rei que eu me vi em casa