Há muitos que latem por poucos quilates
Dizendo que lutam, que lucram, que lacram
Usando coletes à prova de balas
Dizem que são belos, são caros
Têm carros, têm casas, têm casos sem cores
Têm máscaras caras, mais caras que quando caem
Não quebram, não cobrem
Refletem a face, disfarçam a foice
Despertam a fêmea, a fome, a fama
De comida, de comédia
Dizendo que gostam, que gastam, que amam
Mas que sentem muito
Que gostam, que gastam, que amam
Mas que sentem muito
Que gostam, que gastam, que amam
Mas que sentem muito
Que gostam, que gastam, que amam
Eu abro a boca, eu mostro os dentes
♪
Eu abro a boca, eu mostro os dentes
♪
Eu canto, eu penso, eu danço
Eu sento, eu sinto
Eu canto, eu penso, eu danço
Eu sento, eu sinto
Eu canto, eu penso, eu danço
Eu sento, eu sinto
Eu canto, eu penso, eu danço
E aqui faço
Me movo, morro e renasço feito capim que se espalha
Um pensamento cupim
Ou um vírus que contamina suas ideias
Eu voo longe, alto eu vou
Mas eu volto, longe, alto
Feito uma lenda, maldição
Um feitiço ou uma canção
Lenda, mal, lenda, maldição
Lenda, mal, lenda, maldição
Lenda, maldição, feitiço, canção
Quem sou eu? (maldição)
Muito prazer, eu sou a nova Eva
Filha das travas, obra das trevas
Não comi do fruto do que é bom e do que é mal
Mas dichavei suas folhas e fumei a sua erva
Muito prazer, a nova Eva
E eu quebrei
A costela de Adão
Eu quebrei (eu quebrei)
A costela de Adão
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