Quando se entra no jogo não adianta mais
Se lamentar nem querer voltar atrás
Olho no olho, tensão, tenho que me concentrar
Se eu marcar, o adversário pode me eliminar
Muitos serão desclassificados, com o tempo
Será cada vez mais difícil garantir o sustento
As portas vão se fechar, são muitos que vão ficar
Do lado de fora e poucos do lado de dentro
Ter equilíbrio mental, no rap é fundamental
Exploro o meu lado bom, controlo o meu lado mau
Tenho um filho de três, vou completar vinte e seis
E se preciso for, começo do zero outra vez
É como um vício, difícil largar
Só eu sei o que eu passei e o que eu vou ter que passar
Pra ficar, vou lutar, desistir, nem pensar
Dina Di, Visão de Rua pronta pra disparar
Pilantragem, mano é foda, não, eu não aturo
Nada que comprometa a minha imagem no meu futuro
Difícil acreditar, infelizmente
Não pude estudar, terceira série foi o suficiente
Na escola eu aprendi a ler, escrever
A rua me ensinou como sobreviver
Ser uma adolescente por fora, adulta por dentro
A experiência te faz crescer antes do tempo
(Não, não, não, eu não posso errar
Não, não, não, e não vou parar
Não, não, não, eu não posso brincar
No mundão você vale o que tem)
Quem tem amor pela vida que tem
Pensa mil vezes antes de tirar a vida de alguém
Do outro lado eu já vi acontecer
Caso de ter que matar pra não morrer
Eu peço a Deus pra me orientar
E não deixar nenhum cuzão me estranhar
Seja quem for e se eu tiver com a razão
Eu não, eu não me derreto pra você tão facilmente
Então, se for pra desandar, pra ser puta eu não nasci
Prefiro roubar, traficar do que me prostituir
É complicado falar de prostituição
Eu tenho uma pá de aliada nessa situação
Sem condição, não dá pra criticar
Se o filho chorar de fome moral não vai sustentar
Atrás das grades eu vi o desespero
De mãe que do seu filho não sabe o paradeiro
Aí, essa parada de cão, competição entre mulher
Mulher é o que me tira da concentração
Tem uma pá chegando por aí
Que em vez de somar já vem numa de dividir
To aqui, na moral, na moral, no meu sossego
Não sou de arrumar, muito menos pedir arrego
Não quero ser mais e nem menos que ninguém
E o que você quer pra mim, eu quero em dobro pra você também
Eu sou mais uma mulher sobrevivente, aí
O meu valor não tá na cor, tá na mente
Rivalidade impede o desenvolvimento
Do próprio raciocínio, atrapalha seu pensamento
Eu vim pra resolver, apontar uma solução
A mente engatilhada e o microfone na mão
Munição, vai ter de sobra se as mina resolver se juntar
Partir pra cima, muito mano vai se desesperar
Assim que segue a vida, eu
Vivo essa vida
E você também
Bem, bem, bem, bem, bem não está
Do jeito que tá, não vai ficar
Eu, Lakers e pá, chego pra somar
Para aqueles que desacredita, passa a acreditar
Desunião gera descriminação
Conclusão, de novo não
Atitude, humildade, eu vejo
A grande mãe pequena
É a pequena guerreira serena
Não acredita num futuro melhor
Só vê tudo tornar-se pior
As falsas promessas de felicidade
Já não a tiram da realidade
Nem a esperança, nem tempo para ser criança
(Dignidade, honestidade, mas quem sou eu pra falar? Nem dá
Dignidade, me sinto só
Dignidade, honestidade, mas quem sou eu pra falar? Nem dá
Me sinto só
No mundão você vale o que tem)
Поcмотреть все песни артиста