Frágil feito taça de vinho e porcelana Transparente feito vidro temperado Que transpassa o sol na varanda Achei que era só mais uma gota de chuva Em meio ao vendaval Cortina de fumaça, fogo de palha, coisa e tal Vejo a luz da lua sobre o lago Ouço o som da rua e sinto o gosto do asfalto Deitado de lado, em posição fetal E a lágrima em minha boca com sabor de sal Me lembra o amargo das noites Em que eu não dormi, fugindo de mim Depois que, pra ela, eu dei tchau Essa dor diz muito mais sobre mim do que sobre ela Sobre o fim de algo e sobre uma nova era Sobre se enganar para esconder algo muito mais profundo Talvez um trauma de vidas passadas Talvez uma quebra de ciclo pro futuro Tentando ser otimista Eu tive que me foder muito, para crescer muito E no pior dos cenários, eu vou escrever muito E no melhor dos cenários Ela vai chorar muito quando me ouvir E se não chorar também, tô nem aí ♪ Oi, é... sou eu Eu esqueci umas coisas aí, eu precisava buscar Você vai tá em casa hoje à tarde? Me avisa, beijo