Pra que mentir, fingir que perdoou? Tentar ficar amigos sem rancor? A emoção acabou, que coincidência é o amor A nossa música nunca mais tocou Pra que usar de tanta educação Pra destilar terceiras intenções? Desperdiçando o meu mel devagarzinho, flor em flor Entre os meus inimigos, beija-flor Eu protegi teu nome por amor Em um codinome, beija-flor Não responda nunca, meu amor A qualquer um na rua, beija-flor Que só eu que podia Dentro da tua orelha fria Dizer segredos de liquidificador
Você sonhava acordada Um jeito de não sentir dor Prendia o choro e aguava o bom do amor Prendia o choro e aguava o bom do amor A tua piscina tá cheia de ratos Tuas ideias não correspondem aos fatos E o tempo não para Não para, não... Eu não tenho data pra comemorar Às vezes os meus dias são de par em par Procurando agulha num palheiro Nas noites de frio é melhor nem nascer Nas de calor se escolhe, é matar ou morrer E assim nos tornamos brasileiros Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro Transformam um país inteiro num puteiro Pois assim se ganha mais dinheiro A tua piscina tá cheia de ratos Tuas ideias não correspondem aos fatos O tempo não para Eu vejo o futuro repetir o passado Eu vejo um museu de grandes novidades O tempo não para Não para não, não para Viva Cazuza!