Fé, fé, fé, fé, woo Yeah, yeah Minha vida, meus planos Meu cano, meus manos Mil danos contamos Tô sempre voando E o que eu posso dizer? Enquanto eles dizem Que somos o dano Mas seguem matando Já passei os pano Agora eu tô sujando Bem-vindo ao meu mundo, bonecos de pano Resistente ao perigo Eternizo o meu vício Se dizem amigos Todos sabem o perigo Perder é sujeira pra quem nunca chegou no beco Viver aqui é difícil, eu sei Duvidam da tua vida Se eu falo alto, já te ameacei E eu nem comecei Uns morrem aos 16 Não foi a minha vez Seja pobre ou preto, não tenha medo de pegar o que é seu Eu tô no pique, na atividade, pra pisar no campo e marcar brotei Prepara a marca pro Coro, que não dá pra doido bater e voltar Pois tem Sabe qual é? Não é pisar no meu pé A senhora sabe o que eu canto e não sabe da minha fé Não vai tocar no meu pé, não vai poder ficar em pé Sou faca na mão e dois trago passa irmão Sem espaço pra sermão Vida fácil não foi não Pretos nascem no caixão Quer mais motivo pra ação? Fortal tá a concentração Meus sentimentos, irmão Pula no meu é base Prego de Uzi nunca atirarão Respeita ou peita na apresentação Seus pensamentos são a sua visão Falei Minha vida, meus planos Meu cano, meus manos Mil danos contamos Tô sempre voando E o que eu posso dizer? Enquanto eles dizem Que somos o dano Mas seguem matando Já passei os pano Agora eu tô sujando Bem-vindo ao meu mundo, bonecos de pano Resistente ao perigo Eternizo o meu vício Se dizem amigos Todos sabem o perigo Vocês sabem o que é dor? Encha minha taça pra esquecer a dor Quero o que é meu, não peço "por favor" Pra nós a porta sempre se fechou Todos os preto têm a mesma cor Todo o meu gueto tem a mesma dor Todo respeito a quem nunca faltou Janela aberta, entrada pro meu som Essas esquinas conhecem o meu som Esses babacas nunca foram bons Rajada, tudo ou nada De espada ou na palavra Várias casa derrubada Meus amigos camarada Mais afiada que navalha Sempre procuro uma entrada Melhor balão é na quebrada Mais ligeiro que os canalha Com a mente tão chapada Mais ardente do que cana Ela kikando, o tiro canta Ela ouve gritos Eu levanto E se não vamos, partimos planos Em novos conflitos urbanos Bandidos eu pensei no banco Varrendo o chão Minha vida, meus planos Meu cano, meus manos Mil danos contamos Tô sempre voando E o que eu posso dizer? Enquanto eles dizem Que somos o dano Mas seguem matando Já passei os pano Agora eu tô sujando Bem-vindo ao meu mundo, bonecos de pano Resistente ao perigo Eternizo o meu vício Se dizem amigos Todos sabem o perigo Rodney King 8-5 Fortal 9-1, Califórnia queimou A nêga no rio, minha cor Podia ser minha irmã, minha amiga Ou meu amor Negros matam mais negros sem a clã Negros têm problema de identidade Esquecem a identidade O crime pede identidade pra lembrar a sua identidade Eu também sei o que é ser negro E que falem os negros de verdade Um deus negro, um Adão negro Um deus negro (Fortal), um Adão negro (Bem-vindo ao meu mundo, bonecos de pano) Um deus negro Bem-vindo ao meu mundo, bonecos de pano