Eu não sou de lugar nenhum Nada me pertence Tudo que eu pego em minhas mãos se esvai como areia E eu quero solidão Onde possa desdobrar em paz tudo o que eu possuo O meu choro cheira a amônia Os meus pés já estão cansados Me abraçe como fez quando eu estava ao seu lado Tudo parece desaparecer Em outra vida espero florescer Me desamarro enquanto pago os meus pecados Ainda sonho as mesmas coisas que sonhei Quando criança e me lembro daquela voz Sua feição é tão reconhecível que não preciso que tenhas um corpo Me abrace docemente, chegue perto Me faz chorar o quanto eu me vejo em ti Vamos embora amor, é quase dia Quero te ver flutuar