Ah, eu e eu Vai Medo, no gogó me vem aquele nó Eles são seis ou sete e eu só Um logo me viu e já tomou a trilha Pra chamar o resto da sua quadrilha Meus manos não estão aqui comigo Eu não vou conseguir retroceder É o teste para o capitão Rodrigo Agora eu tenho plano traçado e não vou correr Perigo, pois conheço a turma dos navalhas Eles usam armas brancas, mas a luta é falha Sei que o forte dessa gangue é o Zé Medalha Ele é bom mas vive cheio de parafernália Bato numa calha e um cano cai Sei que tudo vai dar certo, em nome do pai Sinto um enrolado na mão Tô preparado pra entrar em ação Punhos cerrados pra guerra Pois o guerreiro de fé nunca gela Rompo fronteiras, quebro barreiras Desta maneira eu sempre vou Punhos cerrados, prontos pra guerra Este guerreiro de fé nunca gela Mesmo sozinho neste caminho Quebro espinhos, hoje eu aqui estou Rá, o primeiro vem seco, certeiro vai o soco Dormiu sem travesseiro o tal caboclo louco Meus punhos doutrinados pra quebrar uns cocos Mesmo assim, não me livrei do sufoco Faltam cinco, e todos eles cheios de maldade vêm Mas nenhum daqueles cinco a qualidade tem O mais baixo vem pra cima feito um trem-bala Me esquivo e no chão ele rola O baixote na vala erra o bote e decola Outro vindo pra cima, meto no peito a sola Ele rola a ladeira, e eu vou descendo a madeira Só na ginga matreira da capoeira de angola Só na ginga matreira da capoeira de angola Levo outro a nocaute, outro gruda na gola Cotovelo que bate, mais um queixo esmigalha Eles saem correndo, pode vir, Zé Medalha Ai, vamo lá chamar o chefe Vamo, vamo, vamo Ai, tô todo quebrado Esse cara é foda Vamo lá, vamo lá, corre, corre Ai, carai, socorro Chefinho! Punhos cerrados, prontos pra guerra Pois o guerreiro de fé nunca gela Rompo fronteiras, quebro barreiras Desta maneira eu sempre vou Punhos cerrados, prontos pra guerra Este guerreiro de fé nunca gela Mesmo sozinho neste caminho Quebro espinhos, hoje eu aqui estou