Uma correnteza no abismo Na memória, no futuro Um silêncio de manguezal, ê! Sono de jangada Escuto vozes de baleia na cabeça Mariscar a própria cabeça Uma correnteza no abismo Na memória, no futuro Um silêncio de manguezal, ê! Sono de jangada Escuto vozes de baleia na cabeça Mariscar a própria cabeça Um lamento de quem quase Nunca chora Não se entrega à toa Mas não apavore o menino Ele mora lá no fim da vida A raposa disse nada, disse Nunca vou lhe dar um abraço Mas não tem problema Eu te amo Vou pescando pelo abismo azul Do manguezal Amor é o que há Vóglio a minha donna Vóglio a minha donna Vóglio a minha donna