O pão é pequeno Para a nossa fome E põe um veneno Na boca que o come Ninguém o consuma Sem pagar primeiro O preço da bruma Que oculta o dinheiro O dinheiro... Fermento do homem O pão escasseia Aos que se consomem Na seara alheia Na boca vazia Que arrota trabalho O pão de cada dia Cada dia é falho É falho... Fosse nosso pão E a deus não se iria Suplicá-lo em vão N'alguma reza fria E o povo que engula A sua própria fé Pecado é a gula A fome não é Fosse nosso pão E a deus não se iria Suplicá-lo em vão N'alguma reza fria E o povo que engula A sua própria fé Pecado é a gula A fome não é O pão é a obra De um labor diário Mas que nunca sobra Para o operário O que o chão encerra Para quem tem fome Se quem cava a terra A terra é que come Come o home... Onde está o trigo Em toda a sua carga Quando me mastigo Minha boca amarga O pão é alheio E alheio é o prato Que vazio ou cheio Não tem preço exato Exato... Fosse nosso pão E a deus não se iria Suplicá-lo em vão N'alguma reza fria E o povo que engula A sua própria fé Pecado é a gula A fome não é Fosse nosso pão E a deus não se iria Suplicá-lo em vão N'alguma reza fria E o povo que engula A sua própria fé Pecado é a gula A fome não é Fosse nosso pão E a deus não se iria Suplicá-lo em vão N'alguma reza fria E o povo que engula A sua própria fé Pecado é a gula A fome não é Fosse nosso pão E a deus não se iria Suplicá-lo em vão N'alguma reza fria E o povo que engula A sua própria fé Pecado é a gula A fome não é Fosse nosso pão E a deus não se iria Suplicá-lo em vão N'alguma reza fria E o povo que engula A sua própria fé Pecado é a gula A fome não é