Encostado ao balcão da taberna O bêbado pintor Espera a noite de sombras vazias E quem vende o amor assim Louco e ébrio num circo deserto Cambaleando e só Um palhaço triste inventa um pouco de alegria E dança num palco gasto afastando o pó Hoje eu sou rei do mundo Pintor de todo o lugar Um coração de vagabundo Sabe voar Ela entra nas noites sem rumo Com o olhar vazio E traz nos cabelos a brisa leve do outono Que ele quis pintar e lhe fugiu Só e ébrio num carrossel louco Sem mastro nem chão Diz-lhe: Vem ver um palhaço triste Descobrir a poesia em noites de amor e solidão Hoje eu sou o rei do mundo Pintor de todo o lugar Um coração de vagabundo Sabe voar Hoje eu sou o rei do mundo Pintor de todo o lugar Um coração de vagabundo Sabe voar Hoje eu sou o rei do mundo Pintor de todo o lugar Um coração de vagabundo Sabe voar Hoje eu sou o rei do mundo Pintor de todo o lugar Um coração de vagabundo Sabe voar