O capataz que de vez em quando por patacoada Faz um floreio numa cordeona desafinada O peão troveiro que larga um verso tradicional E a cozinheira achando lindo "cruza no sal". O vô caseiro varrendo o patio "baila solito" Fazendo farra prao domador que prende o grito Assim a estância palco campeiro segue o ritual Gente gaúcha, pago fronteiro, arte rural. Artistas de campo, que com o seu canto despretensioso. Amançam o tempo que volta e meia arrasta o toso A arte do campo não cobra seu preço, mas tem seu valor Pra esses que tocam a lida da estância com seu labor. Artistas de campo, que com o seu canto despretensioso. Amançam o tempo que volta e meia arrasta o toso A arte do campo não cobra seu preço, mas tem seu valor Pra esses que tocam a lida da estância com seu labor. La do galpão o esquilador vem no compasso E segue afiando a sua tesoura pura de aço O alambrador lavando os ferro bate num balde, E abre o peito toca que canto que tô de valde. O adão guasqueiro tava prao campo – chegou chiflando Uma vaneira que de vereda, vem se aprontando. De vez em quando se risca uns verso e coisa e tal, Rimando as coisas do cotidiano de um peão mensual. Artistas de campo, que com o seu canto despretensioso. Amançam o tempo que volta e meia arrasta o toso A arte do campo não cobra seu preço, mas tem seu valor Pra esses que tocam a lida da estância com seu labor. Artistas de campo, que com o seu canto despretensioso. Amançam o tempo que volta e meia arrasta o toso A arte do campo não cobra seu preço, mas tem seu valor Pra esses que tocam a lida da estância com seu labor.