Bendita é a chuva pro campo Pra reviver as pradeiras É vida aos olhos cansados Daquele que pastoreia Verdeja a alma do pago Na tranca branca da água Serenizando as angustias Enchendo bem as aguadas E o próprio campo lonquiado Agradece irreverente A sua maneira calado Rebrotando novamente Quem ama o campo que cuida Sabe a dor que se sente Pois uma seca baguala Seca ate a alma da gente Eu me criei campo a fora Por isso que o amo tanto Se a estiagem matá-lo Eu morro junto com o campo Não quero outra maneira Não quero ter outro fim Uma campa de terra bruta Pra que eu renasça em capim Uma campa de terra bruta Pra que eu renasça em capim ♪ Meus olhos se enchem d'água Ao ver o tempo fechando Pois imagino adiante Os animais engordando Dá gosto de ver o vento Uma pradeira embalando E os bichos cabeça baixa Enchendo a boca pastando A cada chuva que cai Renova a velha certeza Se o tempo ajuda o cristão Não faltara pão na mesa Bendita é a chuva pro campo Bendita chuva e assim O que faz falta pro campo Também faz pra mim Eu me criei campo a fora Por isso que o amo tanto Se a estiagem matá-lo Eu morro junto com o campo Não quero outra maneira Não quero ter outro fim Uma campa de terra bruta Pra que eu renasça em capim Uma campa de terra bruta Pra que eu renasça em capim