(A coroa) O sol ainda não havia raiado na janela do meu quarto Na janela do meu peito Na janela da minha própria razão Baratinado, sorvi o cheiro que pairava no ar Ventos inquietos uivavam Uma ausência teimosa em se dissipar Este é um álbum de pandemia Fotografias que atravessam meu corpo Reinventam o tempo Passado que me marca Futuro que me vejo Pelejo E confio O que é meu chegará Respira Rebola Se vira Me acalmo com águas do mar Memórias de onde eu quero estar Enchendo o meu peito de amor Só fecho os olhos e vou E ainda assim Depois de um tormentoso verão chuvoso Me permito sonhando com teu novo beijo Ou teu beijo novo Ao som de pandeirões encantados De paixão e fé Sagrado Crente Profano Que ao toque do povo inflamo Nunca fomos catequizados Fizemos foi bumba-boi na capela de São Pedro Nunca fomos catequizados Fizemos foi bumba-boi na capela de São Pedro O sol Na janela do meu quarto Na janela do meu peito Na janela da minha própria... razão?! Baratinado! Me acalmo com as ondas do mar Memórias de onde eu quero estar Enchendo o meu peito de amor Só fecho os olhos e vou Me acalmo com as ondas do mar Memórias de onde eu quero estar Enchendo o meu peito de amor Só fecho os olhos e vou Upaon Açu, 2022 Me acalmo com as águas do mar Humberto de Maracanã, presente!