(Malandro é uma coisa, e vagabundo é outra) (Vagabundo é o periculoso, o malandro é o artista) Um salve aos malandros e malandras Vadias e vadios deste país Vadiagem não é pilantragem E não é poluição Vadiagem pratico Resistência ancestral Mangueando na vida Eu driblo quem me faz mal E vivo sob o sol Queimando sob o sol Protejo minha moleira Meu orí vai me guardar Meu ori vai me guiar Trabalho, mas não vivo Somente pra trabalhar Até vendo minhas horas Mas a rua que é meu lar E vivo sob o sol Queimando sob o sol O meu corpo no mundo A se descolonizar Você vem chegando mais perto E eu sei do calor do teu toque Dançando essa vida vadia Melhor ter um par se der sorte E vivo sob o sol Queimando sob o sol Protejo minha moleira Meu orí vai me guiar Você vem chegando mais perto E eu sei do calor do teu toque Dançando essa vida vadia Melhor ter um par se der sorte E vivo sob o sol Queimando sob o sol O meu corpo no mundo A se descolonizar Meu orí vai me guiar Meu orí vai me guiar Ô, Caboco, de onde tu veio? Eu vim lá de São Luis Sou filho do norte De preto, de índio Que canta bem forte pra guarnicê! Ô, Caboco, de onde tu veio? Eu vim de Upaon Açu Sou filho do norte De preto, de índio Que canta bem forte pra guarnicê! Vadiagem pratico Resistência ancestral Mangueando na vida Eu driblo quem me faz mal E vivo sob o sol Queimando sob o sol Protejo minha moleira Meu orí vai me guardar Meu ori vai me guardar Trabalho, mas não vivo Somente pra trabalhar Até vendo minhas horas Mas a rua que é meu lar E vivo sob o sol Queimando sob o sol O meu corpo no mundo A se descolonizar Você vem chegando mais perto E eu sei do calor do teu toque Dançando essa vida vadia Melhor ter um par se der sorte E vivo sob o sol Queimando sob o sol Protejo minha moleira Meu orí vai me guiar Você vem chegando mais perto E eu sei do calor do teu toque Dançando essa vida vadia Melhor ter um par se der sorte Se der sorte, ô pai Se der sorte, eu vou ter Iê lalaiá Meu ori vai me guiar Iê iê iê iê iê