Quem tem consciência para ter coragem Quem tem a força de saber que existe E no centro da própria engrenagem Inventa contra a mola que resiste Quem não vacila mesmo derrotado Quem já perdido nunca desespera E envolto em tempestade, decepado Entre os dentes, segura a primavera No seu barco é timoneiro É os olhos, o nevoeiro Você não sabe pra onde cê vai Mas também nunca soube de onde cê veio Perdido no meio desse oceano De tanta coisa que se tem pra aprender Compra e venda não pode ser foco Se o papo é a alma, então tô por você Terra firme, aqui não tem Olho em volta, não vejo ninguém Pro mal ou pro bem, saber quem é quem Não vale de nada enquanto não vem Consciência de saber quem se é Clareza de saber o que quer A TV inventa falsos deuses Pra que no final neles tu tenha fé Sou do candomblé, também sou budista Cristão, espiritista Junto tudo pra que no final Eu qualifique meu ponto de vista Agora, assista o homem que morre No mesmo momento que nasce Quando olhar pra além da carne Tu verás em mim tua face O filho que também é pai O pai que também é filho O trem que segue o seu caminho Também sendo o trilho Deus que cria o que eu crio Eu nele e ele em mim Pra quem vive a eternidade, irmão É papo de nunca ter fim