De corpo aconchegado Ouvi contar um segredo O silêncio tem uma voz Que chama os meus medos No eco de uma só voz Ouvi o eterno retorno Que ecoa dentro de mim E me rouba o sono No seio do aconchego Ouvi o silêncio e o pulsar Da impressão De um corpo abandonado ao tempo Quero encontrar O pulsar do coração Ruído do silêncio Quero saborear O bater da pulsação Aqui no aconchego Num diz- que-diz enganado Murmúrios em contratempo Alaridos soltos no ar Vendaval de um momento Línguas afiadas De vozes no desalento Na gritaria de guerra e paz Ecoa o meu chamamento Rumores descontrolados Palavras soltas no vento Querem obrigar-me a parar Pra dar valor ao silêncio Quero encontrar O pulsar do coração Ruído do silêncio Quero saborear O bater da pulsação Aqui no aconchego Quero encontrar O pulsar do coração Ruído do silêncio Quero saborear O bater da pulsação Aqui no aconchego