Monna mamona má Quatro minutos é bem pouco pra eu expressar um ranço Que possivelmente nunca vai passar E ele me faz querer sempre estar com uma HK, puto Trampo com verdade da cabeça aos pés, bro Essas verdades eu guardo a muito tempo Precisou vir a porra de um vírus novo Pra esses putos verem a terra como um todo Mas reflita, ainda não é bem assim Negaram terra, comida, estudo Sempre desejaram pra mim O fim E eu? Não me contentei com o fim Uma vadia esperta se moca pra dentro de si, puto Sozinha na escola Nem sequer um pai acenando pra mim Televisão grita Que meu corpo e meu caminho é ruim A mídia oculta Quantas eles mataram igual a mim E eu desde sempre Tive motivos de estar sozinha aqui Sem sociais, sem festas Só problema Sem mercado, pois sem dinheiro Sem amigas verdadeiras Sem um príncipe encantado Sem mamãe descontruída Sem aceitação Olha só Também tô sem família Puto Solidão do corpo não branco não é mito Mitos não existem Seu puto não é um mito Se eu te disser que tô frustrada Por não olhar pra sua cara, eu minto Tenho feridas o bastante, seu puto Pra não te chamar de amigo Da selva sou residente Não vivo abrindo os dentes Consequentemente usando minha mente Me recordo dos meus entes Não contabilizados Estatística inexistente E o rabo burguês só se mexe quando o tiro acerta sua própria gente Esses rabos brancos nunca entenderão Que colonização Tem dívida atual com a escravidão Preferindo impor O seu princípio cristão 'Cê achou mesmo que a cobrança não ia vir Né não?! Burro Quantas vezes, tu ajudou alguém? Pensou em alguém? Deu uma cesta básica a alguém? Então veja bem Essa falsa ideia não convém De que todos são humanos E quem vence é o bem, bro Quem vence sempre é o burguês safado E montado na grana Obtido do bolso do povo Falando em nome do estado Trava sobrevive igual formiga Porque temos o rabo treinado Acostumado a não olhar sua cara Vendo você evitando o contato físico Vocês verbalizaram Fatos errados Passa álcool em gel nessa sua mão suja Do sangue preto dos meus antepassados Pra não contaminar Racista, fique em casa Teu vírus genocida É assustador e mata Querem saber a cura Te iludem com palavras O vírus é você Com fobias ultrapassadas Ache o Amarildo Ressuscite Dandara Pegue a bandeira pra limpar tua bunda Que tu chama de boca, parça Passar não vai Essa Monna aqui é tipo um samurai Eu, árvore grande, o puto, bonsai! Eu tô cagando pro game, eu quero mais Aliás, tanto faz, línguas banais Não tenho vontade pra falar de paz Sistema e covid matam iguais Essas balas tão guardadas pro meus iguais Vejo funeral Choro que não sai Din, din que não cai Fome aumenta mais A prepotência de um presidente Destrói a população Ideais ficam lado pra economia ser valorizada E ele lucrar mais Às vezes até me sinto Tipo balão que cai-cai Real rap, mensagem Puto Tô na contramão De stl pro mundo Da lógica a inversão Sobrevivendo ao caos Da bunda destrutiva e padrão Estar no mesmo espaço Nem sempre diz sobre união Minhas irmãs sempre estão onde estou! Levo no peito Quem fez parte da minha caminhada Levo minhas irmãs, pra onde eu for Eu represento as minhas vivas E enterradas Mas sigo sozinha, onde eu estou? Somos uma reação em cadeia Mesmo separadas Levo o caos sozinha pra onde eu for Minhas feridas sempre vão gritar Bem na sua cara Bitch