Hum, Bixarte
Preta cara
Preta cara
Preta cara
Preta cara
Preta cara
Preta cara
Preta cara
Vai!
Eles falando sobre coisa avulsa
Eu ostentando com a bolsa da Gucci
Cara mesmo, pega a carapuça
Cachê é caro, eu quero o meu boot
Ter tudo que um dia eu sempre sonhei
E nunca imaginei que eu poderia ter
Comida, fartura, afeto, loucura
Cama sem censura, piscina e TV
A favela vem sendo hostilizada
Vem subestimada, mas paguem pra ver
Os preto no jogo, dinheiro pro morro
As trava no topo e vida ao RAP
Sapato da Nike, make da Natura
Ouro no dente, de grana na mala
Superestimada, eu tô revoltada
Mas tô motivada, tipo preta cara
Preta cara, difícil de acessar
Preta cara, longe do teu patamar
Preta cara, difícil de acessar
Preta cara
Passa reto quando me avistar
Que eu tô revoltada, cansei de apanhar
Sou a preta louca, cheia de raiva
Que no teu story cuida de babá
Não aceito mais as tuas migalhas
Os teus privilégios quero na bandeja
Hoje a gorda não é funcionária
Ela manda em tudo, dona de empresa
E vai ser caro o que você me fez
Eu vou cobrar tudo de uma vez
Não vai passar tua vacilação
Dá-lhe fogo igual Vandau, eu tô um furacão
Metralhadora bem na minha mão
Mais de cem bala, tudo engatilhada
É bala de texto furando no chão
Espalhando numa poesia falada
Nasci travesti e sou orgulhosa
Me tornei raivosa pra me defender
Chama todo mundo, então abre a roda
Que o bonde das trava bota pra foder
Preta cara, difícil de acessar
Preta cara, longe do teu patamar
Preta cara, difícil de acessar
Preta cara, longe do teu patamar
Preta cara, difícil de acessar
Preta cara, longe do teu patamar
Preta cara, difícil de acessar
Preta cara, preta cara, vai
Metralhadora bem na minha mão
Mais de cem bala, tudo engatilhada
É bala de texto furando no chão
Espalhando numa poesia falada
Nasci travesti, sou orgulhosa
Me tornei raivosa pra me defender
Chama todo mundo, então abre a roda
Que o bonde das trava bota pra foder
Preta cara, difícil de acessar
Preta cara, longe do teu patamar
Preta cara, difícil de acessar
Preta cara, longe do teu patamar