Moleque fala, moleque corre Moleque sangra, moleque morre Moleque é criança esperando a bonança Enxergando na peça a única esperança Moleque reza, moleque corre Uma vez que entra, sair não pode Pegaram um moleque amarrando outro no poste Chegou ser televisivo pra agradar família esnobe O primo é o crime, o crime é o cofre Sem multiverso de Rick and Morty Dói de ver aquele menino amarrando outro no poste Eles só tinham sete anos, quem tem sete não escolhe A morte nas mãos daquela criança Moleques são meninos, crianças são também Moleques são meninos, crianças são também Nascer pra ser tratado bem Moleques são meninos, crianças são também Moleques são meninos, crianças são também Nascer pra ser tratado bem Não tem escola, não tem esporte, não tem afeto, já deram o bote Coração de horse, trovão de raio forte Onde o Estado não chega, a maldade traça o norte Pra morte da vida daquela criança Favelas que vocês querem chamar de comunidade Favela onde o estudioso diz que tudo sabe Favela que semeia o amor e quer prosperidade Moleque que você marginaliza e não sabe A metade da vida daquela criança Moleques são meninos, crianças são também Moleques são meninos, crianças são também Nascer pra ser tratado bem Moleques são meninos, crianças são também Moleques são meninos, crianças são também Nascer pra ser tratado bem A morte daquela criança