Tá bom que eu não ia meter essa aqui, viu, papai?!
Essa é pela minha vó que em 80 anos
Veio aqui a primeira vez
O Zé Povinho só pode falar
Mas o mundo todo pode ver
Onde estiver, onde pisar
Nóis sempre vai ser gueto (aham!)
O Zé Povinho só pode falar
Mas o mundo todo pode ver
Onde tiver, onde pisar
Nóis sempre vai ser gueto
À pampa de tanta fofoca
Tamo na rua, dando um salve
É tipo Adoniran (Saudosa Maloca)
Canta a vida e conta as notas, zica, brilha e foca
Espanta os filha da... as intrigas desses pipoca
Se arruma, sorri e acostuma
Ganha grana só pra mostrar
Que grana não é porra nenhuma
É pela arte, não pelo prêmio
Pisa na high society, faz sua parte bem
Na palma da mão, na palma da mão assim ó
Nóis quer carrão e mansão, Jão, por que não?
Tá bem patrão de avião, então, por que não?
Quer opção, quer salmão, Jão, por que não?
Ser feliz, carai, diz aí, por que não?
Se no choro foi nóis também, por Deus, amém, fase
Hoje esfriando a cabeça, aquecendo as nave
Com a mente fértil, a mil, tipo um projétil, é tio
Mete o loco, que estouro pra nóis é pouco
E as gola polo de listra (sinistra)
As lupa preta, vrá!, e os cordão à vista
Vim deixar claro que eu sou escuro
Tesouro raro num jogo duro
Mas tô em campo, canto pro meu santo
E os verme treme mais que com o tecnobrega
Da Gaby Amarantos
Orgulho preto, sorriso afronta
Nóis num é melhor nem pior (e nem da sua conta)
O Zé Povinho só pode falar (só falar)
Mas o mundo todo pode ver
Onde tiver, onde pisar
Nóis sempre vai ser gueto
O Zé Povinho só pode falar
Mas o mundo todo pode ver
Onde estiver, onde pisar
Nóis sempre vai ser gueto (daquele jeito!)
No baixo, senhoras e senhores, Julio Fejuca
Daquele jeito!
Gueto, gueto, gueto, gueto