Querer é uma espera destinada a devorar Conter o inevitável num instante sem por que Sempre morrendo a míngua Depois que tudo acabou Tudo parece Tudo padece E se deixa esquecer Tudo padece Tudo parece E se deixa esquecer Ardendo em anseios que jamais vão se esvair Se hoje somos sonhos, amanhã suposições E o caminhar dos dias É mais que uma constatação Tudo parece Tudo padece E se deixa esquecer Tudo padece Tudo parece E se deixa esquecer Todos designados a ruir Nada mais virá O que se segue, pouco vai curar Tantas vezes mortos, rumo ao chão Outra verdade cai Temos pouco no que segurar E o que, então, será certeza?