Ao grande mestre Arlindo! ♪ Os barracos de hoje são de alvenaria Não tem mais o silêncio da Ave Maria Hoje tudo é segredo e circula o medo Em cada viela Hoje o morro tem dono, também tem disputa Um total abandono, filhos que vão à luta Gente que não se cansa Poesia, esperança e amor à favela A música mudou, a rosa já não fala Não canta, nem sorri O encanto acabou, injustiça e dor É o que tem por aqui Crianças sem controle Sem o valor da vida Comunidade chora Mocidade perdida Mas ainda tem malandro Que chega tarde em casa E que implora à patroa Por favor, me perdoa! Pra ficar numa boa Ensaboa, ensaboa Mas ainda tem malandro Que chega tarde em casa E que implora à patroa Por favor, me perdoa! Pra ficar numa boa Ensaboa, ensaboa