Na imensidão do pensamento
E pra onde sopra o vento
Lá onde a vida é só um momento
Que caiu no esquecimento
O processo é lento
E ao relento desatento
Sentimento e a impressão
Que dá que é hora do arrebento
Então fazer o quê? Enfrento
Você quer o quê, por quê?
Não tá isento
Ó o mundo em volta, vai correr do quê?
Sem ter pra onde ir
Ter que entrar no bonde e ir
Ver que mudar não é só fingir
É morrer pra se corrigir
E é embaçado ver seu passado no seu presente
Olhar pro lado, ver os aliado, e não é diferente
Mesma história, sensação de Deus ausente, na oração de fé
É quente, ano vai, ano vem, vem Natal
E os presentes, não tem
Quanto tempo e eu nem vi se vivi
Mas ouvi, sabia que ia me servir
Aprender, que pra render, dividir
Surpreender, compreender, por ser daqui
Terra de povo culto, nariz em pé, exibido
Um passo à frente, mas nada além do que já foi entendido
Guerra no subentendido, gera o sistema atrevido
Paz, justiça e liberdade berra o oitão do bandido
E o mundo não escuta, grito de quem morre na luta
Sua desgraça, lucro, junto com os trutas, alguém desfruta
E vagabundo chucro, na voz de assalto
Vai, filho da puta!
É quando o ciclo faz a volta e volta em quem faltou conduta
Que disputa até migalha, a sobra na toalha
E se admira ao ver que tá na mira e os neguinho não falha
Não perde tempo ao pegar pra exemplo esses canalhas
Eu que não vou desesperar
Só esperar a próxima falha que o mundo der
Pra sumir daqui, se puder
E resumir minha vivência baseada na minha fé
Ainda que o tempo leve tudo
Os anos, os manos
Enganos em planos
Não me tornarão um homem mudo, não!