Às vezes que quero chorar Mas o dia nasce e eu esqueço SOS Risco na parede Prece de platina cravejada no meu dente Expresso das lembranças passa perto de onde moro Ouço berros (mosh) Abandonam flags Fortalezas cedem com efeito borboleta Se ela mexe, volto para o seio Mundo gira Roda viva Perco pra neblina SOS Marcas no sofá Os gatos enroscados gastam suas presas no tapete desenhando prazeres Faz chover, faz molhar, faz nevar Bounce bate: au revoir Seu perfume pelo ar Gosta de me enfeitiçar com temas de sereia Musa das roseiras Meu jardim está cercado por ela Vinhos e azeites para o meu deleite Gosto de ouvir o som da água corrente Folha de bananeira para o peixe O ritmo que marca esse coração é som brasileiro Meu amor, estou aceso Gota de veneno Carta que escrevo e não deixo para o vento Marca de gordura vegetal no terno Gota de malícia Dilúvio no deserto (O dia nasce e eu...) De saudades vou morrer como um bêbado Jogado e qualquer veia aberta pela praga que arregaça a superfície Flor que quer nascer sem me pedir Diz que quer tomar conta de mim Deixa rolar e fluir como as poesias de Luiz Melodia Cada coisa tem seu tempo, sua vez de florir ou ruir (E tudo que eu posso te dar é solidão) Quantas vezes já pensei em resistir Porra, eu odeio me definir! Você deságua e devasta meus cílios Meu peito estava seco e hoje abriga os teus rios SOS Amor 2 Noites nebulosas No bairro o movimento básico: Drogas, tráfico, enquadros da Tático O mano mal saiu da escolha e já anda trepado Camisa do Figueira e tatuagem de palhaço Dose cavalar Pra fazer a mente busco um bom lugar Em muitos olhos os sinais que não aguentam mais lutar Será que nossas orações reverberam? Será que alguém nos ouve, alguém nos espera? Roda no toca disco Bethânia A bela e a fera dançam na ciranda Uma cachaça de Santana Eu lembro da primeira vez que vi ela no samba Os tempos eram outros, tudo parecia bem mais fácil De alguns momentos, de alguns momentos só restaram cacos Mas eu sigo o mesmo, permaneço intacto