Ali é um lugar ideal Pra quem quiser se esconder E ser mais um, na multidão Ali é onde os homens se abraçam Mas na hora de pagar o preço Lavam as mãos Ali é onde todos se encontram Mas acabam se perdendo Por achar que são invencíveis Ali não há lugar pra tristeza Pra angústia, pra dor Nem pra gemidos inexprimíveis, não Deus não habita mais Em templos feitos por mãos de homens Deus não será jamais Acorrentado às paredes de uma religião Deus não habita mais Em templos feitos por mãos de homens Deus não será jamais Enclausurado na escuridão De quem ainda tem Um coração de pedra Um coração de pedra Ali ninguém conhece a essência Tão somente a aparência de viver Em comunhão Ali é onde os loucos se entendem Onde os sábios se prendem ao valor Da tradição Um falso paraíso presente, um fanatismo distante Um cristianismo sem direção Ali é onde todos proíbem Onde todos permitem Onde são assim Nem sim, nem não Deus não habitaras Em templos feitos por mãos de homens Deus não será jamais Acorrentado às paredes de uma religião Deus não habitaras Em templos feitos por mãos de homens Deus não será jamais Enclausurado na escuridão De quem ainda tem Um coração de pedra Um coração de pedra Que vença, mesmo que haja desavença Todo aquele que repensa na crença Da onipresença de Deus Sejamos coerentes, transparentes Reluzentes, conscientes, todos crentes Que somos os filhos seus Na rua, no trabalho, na escola Na loja, na padaria, no posto, na rodovia Na congregação Que haja em nós o mesmo sentimento Que Deus habite em nosso coração Deus não habita mais Em templos feitos por mãos de homens Deus não será jamais Acorrentado às paredes de uma religião Deus não habita mais Em templos feitos por mãos de homens Deus não será jamais Enclausurado na escuridão De quem ainda tem Um coração de pedra Um coração de pedra