Deixo aberta a porta desses meus olhos Abro a janela das minhas mãos Entre as pernas, entre e roube meu colo Nesse lugar cabe um ladrão Dentro dessa casa sobram os móveis Nos lençóis que envolvem o meu colchão Entre as pernas, deite sobre meu colo Nesse lugar, nessa imensidão Faça sua sede, mate a minha sede Coma a minha fome, com o seu nome Tome o seu lugar ♪ Tendo o nome que eu não sei chamar Dentre os homens está em último lugar Quente o inferno, invente o inverno e o verão Semente, latente, surpreendente Enfrente o que não há Leio a sua mente, seja a minha lente Como a sua fome, com o meu nome Tome o seu lugar ♪ Feche a porta e me tranque no cofre Nessa cela no mais fundo porão Impeça o acesso, enterre no subsolo Nesse lugar, minha dedicação Aprendo o seu nome que eu não vou chamar Somem os homens, estão em último lugar Quente o inverno, eterno sem conclusão Somente, cadente, displicentemente Invente o que não há Faça a sua sede, mate a minha sede Coma a minha fome, com o seu nome Leio a sua mente, seja a minha lente Como a sua fome, com o meu nome Tome o seu lugar