Tirou a roupa no meio da praça Subiu na estátua de um marechal Em pleno meio dia o bronze faiscava A bunda sentia o calor do metal E cada transeunte que se aglomerava Fazia piada nem é carnaval E como toda nudez será castigada Apareceu do nada um policial Nosso herói não se importava Com as partes à vista da população Não era pro seu pincel que apontava Mas pro antebraço chamava a atenção O que ele gritava você já imagina Vacina! Vacina! Vacina! E então O policial declarou que o tal Estava pelado e coberto de razão E o povo vendo que até o guarda Tirando a farda, apoiava o civil Foi saindo do sono perigoso e inerte Como disse Laerte, a grande ficha caiu Feito uma peça de Zé Celso no teatro oficina Pedindo vacina, a ralé se despiu E disse: Até que o pulha nos traga a agulha Será a vez da nudez no Brasil A história chegou ao palácio Até o pancrácio que rege o país Que achou engraçado ver tanto pelado Mas quis acabar com esse diz que me diz Fez um discurso pra toda a nação Falando talqueis e tais quais sem sentido E um menino, rindo da televisão, disse Olha mamãe, o rei está vestido Tirou a roupa no meio da praça Subiu na estátua de um marechal