Amor de Vidro (Anelis Assumpção, Russo Passapusso e Saulo Duarte) Nosso amor é feito de vidro Meia dúzia de cervejas que tomamos Num boteco ali na esquina Frágil e delicado nosso amor pode quebrar Uma ampola e dois cigarros E me entrego sem pestanejar À beira de um limoeiro Em plena luz do dia Abusamos da ousadia E viramos poesia Mora na filosofia A ébria ironia Será vidro temperado? Nosso amor será blindado? Ou não passa de casco de vidro retornável? Meia dúzia de cervejas que tomamos Num boteco ali na esquina? No brejo um beijo de beira Rasteira do destino Espora de chegada Vai voltar Correr Cantar Viver Cristal estilhaçado Jateado de areia Nosso amor