Num país de céu azul Sou de outra sorte No país mais a sul Eu sou do norte É de cinza o céu daqui Não digo azar O sol que da giesta não se avista o mar Vê-se o mundo pela fresta, não se avista o mar Numa praia ocidental Nasci a leste Numa terra de água e sal Em chão agreste Por contraste a todo este Brando navegar Porque da giesta não se avista o mar Vê-se o mundo pela fresta, não se avista o mar Junto à estrada, a custo gesta O arbusto que ainda assim se presta Rasgando e abrindo chagas no chão A giesta fura sempre o alcatrão Porque da giesta não se avista o mar Vê-se o mundo pela fresta, não se avista o mar Brisa morna e eu contra o vento Mar adorna e eu terra adentro Por capricho acidental nasci sem sal Porque da giesta não se avista o mar Vê-se o mundo pela fresta, não se avista o mar Vê-se o mundo prla fresta, não se avista o mar