Toda a fauna e toda a flora Do mundo donde eu venho Mistura-se em rebanho Periferia afora Desde tempos de antanho Burguesia sai da toca Camionista desemboca À sua sorte Na Via Norte E as donzelas vão a banhos Refriar suores de agosto E os pinheiros dão de encosto Às donas de outra sorte E cada qual no seu posto As donzelas vão com Deus E as outras dizem adeus À sua sorte Na Via Norte E se um pinheiro nasce torto Outro morre em pé É como é É como é Mas não maldigas a sina Das nuvens de purpurina O que acenam da paragem Nem te orgulhes dos mergulhos Do menino e a sua prima Na piscina da estalagem Não há sorte que endireite O azar que entorte Não há fraco ou forte Na questão de vida ou morte És donzela de soquete Onde gera num corpete Dentro duma camionete É tudo questão de sorte Qualquer meio de transporte Te leva a qualquer hora À Via Norte À Via Norte E se o pinheiro nasce torto Outro morre em pé É como é É como é Ho-ho-ho-ho-ho! Hmm, hmm, hmm, hmm!