Lá no morro da Mangueira, bem de frente à ribanceira Uma cruz a gente vê Quem fincou foi a Rosinha, que é cabrocha de alta linha E nos óio' tem um não de que Numa linda madrugada, ao voltar da batucada Pra dois malandros, olhou a sorrir Ela foi se embora e os dois ficaram, dias depois se encontraram Pra conversar e discutir Lá no morro Uma luz somente havia Era a Lua que tudo assistia Mas quando acabava o samba, se escondia ♪ Na segunda batucada, disputando a namorada Foram os dois improvisar E como em toda façanha, sempre um perde e outro ganha Um dos dois parou de versejar E perdendo a doce amada, foi fumar na encruzilhada Passando horas em meditação Quando o sol raiou, foi encontrado Na ribanceira estirado, com um punhal no coração Lá no morro Uma luz somente havia Era o Sol, quando o samba acabou De noite não houve lua e ninguém cantou