No galpão um corpo inerte À luz de quatro candeeiros Silêncio dos companheiros Em ronda de despedida A tristeza sobressai Quando um campeiro se vai Tropeando a própria vida Uma carreta encostada Porque o campeiro se foi O cusco, a junta de boi Ligados ao abandono Suas pilchas de valor Laço, mango e tirador Amanhã trastes sem dono O vento frio anuncia O final de uma tropeada Uma carona empoeirada Cobrindo bastos e bacheiro Aperos, freio e busal Fica solto um bagual Quando se vai um campeiro ♪ Apagou o fogo de chão A poeira cobriu o catre Cambona, cuia de mate Sem erva pra chimarreada Em tudo uma lembrança Do campeiro que descansa A derradeira tropeada Naquele rancho campeiro Um silêncio de tapera Orvalho de primavera Nos olhos de quem lhe amou Um vermelhão no poente Fazendo crer aos viventes Que a natureza chorou O vento frio anuncia O final de uma tropeada Uma carona empoeirada Cobrindo bastos e bacheiro Aperos, freio e busal Fica solto um bagual Quando se vai um campeiro O vento frio anuncia O final de uma tropeada Uma carona empoeirada Cobrindo bastos e bacheiro Aperos, freio e busal Fica solto um bagual Quando se vai um campeiro