Neste sul do continente, no pampa meridional Sou parceiro dos cavalos pela doma racional Eu tenho um jeito bagual de domador de talento Um potro arisco, eu adestro Depois vou tirando o cestro Como se fosse um maestro Afinando os instrumentos Nesta doma racional É que o canteiro se apruma Como quem lima as moreiras Até que o potro acostuma Não resta macho alforriado Nem teimoso que não canse Não fica averga e as esporas Em bagual que não se amanse O potro arrepia o pelo, depois come no engonal Aos poucos pega confiança, deixa a boca ou do sal Nem precisa de bocal, deixa botar o arreio Assim sem feita de apelos Se faz do homem parceiro E pingou no grão campeiro Para laçar todos os rodeios Nesta doma racional É que o canteiro se apruma Como quem lima as moreiras Até que o potro acostuma Não resta macho alforriado Nem teimoso que não canse Não fica averga e as esporas Em bagual que não se amanse Sem mango e quebra de queixo Meu potro, eu pude amansá-lo Tu precisas ter carinho E eu preciso um bom cavalo Pra saltar antes do galo E aguentar o repuxo Sou descendente farrapo Eu te juro e não é papo Não deixas-te de ser guapo Nem eu de ser bem gaúcho Nesta doma racional É que o canteiro se apruma Como quem lima as moreiras Até que o potro acostuma Não resta macho alforriado Nem teimoso que não canse Não fica averga e as esporas Em bagual que não se amanse Não fica averga e as esporas Em bagual que não se amanse