Há quanto tempo eu não danço uma vaneira Há quanto tempo eu não entro num salão Se ouço o ronco duma' gaita botoneira Sinto os corcovos do meu próprio coração ♪ Há quanto tempo eu não danço uma vaneira Há quanto tempo eu não entro num salão Se ouço o ronco duma' gaita botoneira Sinto os corcovos do meu próprio coração Há quanto tempo eu não danço uma vaneira Há quanto tempo eu não entro num salão Se ouço o ronco duma' gaita botoneira Sinto os corcovos do meu próprio coração Sou índio macho dos que vive arrinconado Por entre grotas galponiando num fundão Gogote grosso, crina grande e meio alçado Num só retosso, mesmo que potro gavião Há quanto tempo eu não danço uma vaneira Há quanto tempo eu não entro num salão Se ouço o ronco duma' gaita botoneira Sinto os corcovos do meu próprio coração ♪ Por isso amigos quando a vida me embriaga E Deus me afaga, do de mão na de botão Largo na hora uma vaneira atrevida De cola erguida relinchando no salão Há quanto tempo eu não danço uma vaneira Há quanto tempo eu não entro num salão Se ouço o ronco duma' gaita botoneira Sinto os corcovos do meu próprio coração Há quanto tempo eu não danço uma vaneira Há quanto tempo eu não entro num salão Se ouço o ronco duma' gaita botoneira Sinto os corcovos do meu próprio coração Uma vaneira pra se' buena Tem que se' em rancho campeiro Com fumaça de candieiro E as bota fica sem sola Gaiteiro, véio pachola Com murrinha de cachaça E uma chinoca lindaça Com cinturinha de viola