Já era quando me toquei da hora Por culpa dela nem vi o tempo passar Três légua e meia, porra, eu tenho que ir embora Mas uma coisa tá dizendo pr'eu ficar Voltar pra casa era mais que obrigação Se chegar tarde, nego vai comer na mão Meus pés descalços, maltratados pelo chão Já não aguentam mais viver nesse sertão (Viver nesse sertão, viver nesse sertão) Segui meu rumo na pizarra lamacenta Só tinha a luz da lua pra me iluminar Na minha cabeça o personagem de uma lenda Me atormentava e me fazia recuar Saí correndo e o coração batia forte E o cansaço já começava a dominar Sou cabra macho, mas tenho medo da morte E esse medo não me deixava parar (Não me deixava parar, não me deixava parar) Olhei pra trás e o bicho vinha me seguindo E os meus passos comecei a apressar Vinha correndo e ao mesmo tempo sorrindo E eu com medo que ele pudesse me alcançar E desse em diante eu comecei A acreditar do que eu sempre duvidei De que ele existe, disso não duvide não Se ligue agora na porrada do refrão Cuidado cabra, não não entre nesse mato Pois tu não sabe o que é que pode te encontrar Vovó sempre me dizia "Mora um caipora lá!" Cuidado cabra, não não entre nesse mato Pois tu não sabe o que é que pode te encontrar Vovó sempre me dizia "Mora um caipora lá!" Cuidado cabra, não não entre nesse mato Pois tu não sabe o que é que pode te encontrar Vovó sempre me dizia "Mora um caipora lá!"